domingo, 27 de julho de 2014

Descarte da terceira hipótese: negada.


Despachei minhas malas, esperei na sala de embarque, entrei no avião, sentei, encaixei meu cinto, decolamos. Durante o voo, senti uma imensa vontade de escrever mas na tentativa de achar um tema bom eu falhei. Tentei continuar esse parágrafo de todas as formas possíveis, nāo consegui. Apaguei tudo. Escrevi outros milhões de primeiros parágrafos, mas nāo consegui dar continuidade a nenhum deles da mesma forma. Abandonei o projeto de texto.

Passado alguns dias, a extrema necessidade de escrever me deixou de novo cara a cara com a folha em branco. Passei alguns bons minutos sem tocar no teclado do computador, apenas observando a folha em branco. E nenhuma frase e até mesmo palavra veio em minha mente. Ela estava travada.

Comecei a pesquisar em sites , blogs e afins o motivo e a solução para a minha mente travada, paralisada. Achei respostas do tipo saudade, medo, tensão, nervosismo, ansiedade, sono, cansaço, stress, preguiça, amor, paixão  e até umas bem absurdas ( no meu caso.) como a falta de comida. Fazendo uma leitura um pouco mais aprofundada sobre cada uma dessas possíveis causas ( até  mesmo da falta de comida.), achei que 4 delas poderiam ser o motivo real.
-Ansiedade
-Medo
-Tensão
-Paixão

Passei horas embaixo de um sol radiante do México pensando então nos motivos  dos motivos ( motivos secundários.) que gerariam agora a paralisia da minha mente. Para ansiedade achei essa minha viagem, mas se fosse isso, a paralisia teria sumido, e nāo sumiu. Hipótese descartada. Para o medo e a tensão encontrei a faculdade, mas em relação a ela tudo estava dentro dos conformes. Segunda hipótese descartada. Cheguei aonde nāo queria ter chego. Neguei, neguei ao máximo. Não queria acreditar que a coisa que mais evitei, ou nem tanto, aconteceu. E pior, que aconteceu sem eu me ligar. Eu me apaixonei.

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Sem sentimentos, sem grandes decepções.


Acordei, comi, dormi.  Passei o dia assim. Entediante? Sim, até a noite onde tive uma conversa com uma das minhas melhores amigas. Espero que você esteja se perguntando qual era o assunto que falávamos, porque ele despertou um enorme interesse em mim ( tanto que resolvi escrever esse texto sobre) e me fez chegar em uma conclusão: Ficar por tesão é muito, mais MUITO melhor do que ficar por amor.

Está me achando uma moça sem coração? Uma pessoa racional? Sem sentimentos? Uma pessoa fria? E que não ama ninguém? Eu sei que está. ( a não ser que você seja uma das minhas melhores amigas ou que e me conheça bem.) Eu sou totalmente ao contrário de tudo isso. Sou 98% emotiva, iludida, que se apaixona fácil e que sim, espera seu príncipe encantado chegar em cima de um cavalo branco. Ou esperava.

Após ter uma longa conversa, e analisar alguns relacionamentos, pude perceber que se não envolvemos sentimentos não há grandes decepções. Sem envolver sentimentos nós suprimos nossa carência, nos divertimos, ficamos felizes, deixamos o(s) outro(s)  feliz(es), e ainda por cima temos a oportunidade de receber elogios, carinhos e etc ,o que consequentemente leva a nossa auto-estima à mil. É claro que pessoas que somente tiveram relacionamentos sérios, ou nem tāo sérios mas que envolviam sentimentos, irão dizer ao contrário. Vão dizer que somente devemos nos relacionar quando há amor porque só assim não vamos nos sentir sozinhas e todo aquele blá blá blá que nesse texto é dispensável. É óbvio que se um dia você se apaixonar e for devidamente correspondida não haverá motivos suficientemente dignos para sair dela e entrar numa relação puramente racional, afinal eu também sou mulher e adoraria viver um conto de fadas. O problema está que esse conto de fadas não vira realidade para todo mundo e é ai que entra o ''relacionamento'' racional. Mas aliás, o que é isso? É o famoso ''pegar e não se apegar'', mas não é sair pegando um por semana, é ter alguém ''sempre'' mas somente com o propósito e objetivo de suprir suas carências. Imagine ter uma pessoa que não te sufoque com  explicações para onde vai , de onde veio, que não te prenda, não te estresse e etc, mas que quando você estiver com uma vontade imensa de beijar loucamente, ter a companhia de alguém e afins vai estar lá. Esse é o objetivo do relacionamento racional. Fazer com que as pessoas tenham alguém mas ao mesmo tempo continuem tendo a sua liberdade. E eu confesso que ter esse tipo de ''relacionamento'' ( entre aspas pois não é bem ao certo um relacionamento) é muito mais interessante, ele não perde a graça nunca! Pelo contrário ele vai ficando cada vez mais empolgante. 

Você pode estar lendo isso e achando tudo uma grande bobagem mas terá um hora que você vai se cansar de viver naquele ‘’eterno’’ ciclo de se iludir e se decepcionar e vai falar: VOU PARAR DE ME RELACIONAR COM PESSOAS. ( ou algo semelhante mas que tenha o mesmo significado.) Mas aí vai te dar uma carência lazarenta, e você vai querer ter alguém, mas também vai ter aquele medo de se decepcionar. E é aí que entra o ''relacionamento'' racional de novo. É claro que pra você conseguir ter esse relacionamento racional você obviamente precisa ter um psicológico preparado. Ou nem tanto. É só ver as coisas do lado que aquele seu último pegueti, cujo você se apaixonou e que te decepcionou, via. Ele só unia o útil  ao agradável.

Você só tem uma vida, se você tem um amor e é correspondida, você teve sorte, felicidades! Mas se você está em casa chorando as pitangas por algum cafajeste, experimente pegar e não se apegar. Isso não é ser ‘’vadia’’ isso é aproveitar a única vida que você tem.

terça-feira, 17 de junho de 2014

Sem consolo.


Todos nós seres humanos sabemos que um dia vamos partir dessa para uma melhor, mas mesmo assim ficamos inconsoláveis quando alguém se vai.

 Fiquei em casa, assisti o jogo do Brasil, me joguei em meio a um lençol e duas cobertas, e  recebi uma mensagem, mensagem na qual dizia que um conhecido meu tinha falecido. Entrei em choque. Ele nāo era meu amigo mas meu conhecido e amigo dos meus amigos. Ele era um menino bom.

Nāo suporto a morte, a tristeza, a dor, mas tentei me manter calma para ajudar meus amigos os quais estavam sofrendo mais do que eu. Nāo achei as palavras certas para consolar eles. E cheguei a conclusão que nāo existe nada que conforte alguém nessas horas. Me senti incompetente.

Pensei na família, na namorada, e nos meus amigos novamente. Eu precisava ajudar de alguma maneira. Tentei acalma-los, mostrar que eu estava ali, mas a minha única vontade era de pegar todo o sofrimento deles para mim, apesar de eu me julgar fraca demais para aguentar. Ou nāo. Me coloquei no lugar de todos, chorei. Sofri.

Que aperto no coração. Voltei a pensar que poderia ser qualquer outro amigo meu, ou talvez eu mesma, ou minha família. Senti medo da morte. Senti mais medo da morte do que o medo da solidão, cujo qual carrego desde que me reconheço por gente. Mas uma vez me disseram que ter medo de algo pode ser comparado a um balão que você segura e que só depende de você solta-lo para ele ir embora. Soltei o meu balão. Tentei encarar isso ( morte ) como algo bom, vendo que cada pessoa vem ao mundo com uma missão e quando ela é cumprida a pessoa descansa. Ela chega inesperadamente, sem avisos. A morte quando chega pra alguém simplesmente te traz muito mais que uma dor de um coração partido ela te tira uma parte da alma, da vida. 

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Aquele aperto.


Passei o dia bem, comi, limpei a casa, me arrumei e sai. Fui em lojas ver algumas coisas para a minha māe, comprei um sorvete e logo em seguida meu coração apertou. Senti ele do tamanho de um feijão. Porém nāo sabia o que estava sentindo, estava  confusa.

Andei mais um pouco, e meu coração ainda continuava pequeno. Nāo era tristeza, nāo tinha vontade de chorar, só de abraçar alguém que pudesse fazer meu coração voltar ao tamanho normal e deixar eu me sentir bem novamente. Olhei ao meu redor e nāo havia ninguém que eu julgasse capaz de bloquear esse sentimento dentro de mim. Aonde estava ele?

Eu estava em meio a tantas pessoas mas me senti sozinha, abandonada, incompleta. Estava enlouquecendo. Olhei em minha volta novamente, mas ele nāo estava ali. Estava longe, ou nem tanto. Nāo ter o abraço que me conforta, o beijo de todos os dias, a companhia que me completa, naquele momento foi insuportável. E esse sentimento que chega de uma forma um tanto quanto assustadora, sem lugar e nem hora marcada, e talvez nem com motivo, foi o que eu senti , foi isso que tomou conta de mim, a SAUDADE.

domingo, 15 de junho de 2014

Tentativa de Distraçāo Número 3.

Me chamaram para almoçar, acordei, ou nāo. Pensei em fingir que estava dormindo só pra evitar o contato na mesa com meus pais e aguentar perguntas do tipo ‘’Que horas foi dormir?’’ ‘’Ficou falando com ele?’’, mas desisti dessa ideia porque estava realmente com fome. Arrumei a cama, abri as janelas, vi aquele clima nublado ainda mais deprimente, limpei o chão , e pensei nele logo em seguida.

Me arrumei e sai comer com meus amigos ( tentativa de distração ) foi legal, rimos, falamos merda, comemos, fiz piadas idiotas e aguentei piadas do mesmo tipo também, dividimos mais um prato de comida, nos lamentamos, fizemos mais piadas ( umas até indesejáveis porém automáticas em nossa mente), ao menos eu ri. Mexia no celular de uma forma tāo compulsiva que até me assustei, porém só estava esperando uma mensagem qualquer dele. Depois fomos dar umas voltas e esqueci do assunto por 15 minutos.

Cheguei em casa, ajudei meus primos a colarem figurinhas trocadas na praça por eles hoje de manhā, eles me fizeram rir e sentir saudades do tempo que tinha 6 anos e colava figurinhas de pôneis. Comi novamente. Subi para o meu quarto, tomei banho e pensei nele de novo. Na verdade pensei também no momento que estava colando figurinhas, por ele gostar de futebol mas isso durou 10 segundos. Ou mais. Deitei na minha cama, entrei em um blog sobre relacionamentos, comecei a ler e me identifiquei. Conversei com umas amigas que fazem um papel de alguma terapeuta as vezes (quase sempre), elas me ajudaram a perceber a estupidez dele. Mas meu cérebro , ou coração, insistiu em esquecer essa estupidez minutos depois. Abri a conversa dele comigo, observei por alguns instantes, senti o coração apertar, li alguns textos, abri a conversa novamente, li mais textos. Identifiquei minha situação em alguns dos diversos textos lidos, procurei talvez uma solução que nāo fosse ‘’drástica’’ mas nāo achei.  Me senti fraca.

Tentei  terminar esse texto à algumas umas horas atrás mas achei ele superficial demais para o real motivo de eu ter começado a escreve-lo.  Continuei deitada na minha cama durante essas horas, respondi algumas perguntas da minha irmā sobre qual cor de esmalte eu achava mais bonita para ela pintar as unhas, liguei a televisão, nāo achei nada bom o suficiente para eu assistir ao invés de continuar esse texto, desliguei a televisão. Fiz as ‘’pazes’’ com meu amigo Y, brigamos novamente. Me deu vontade de chorar, nāo chorei. Dei o play na minha playlist de músicas animadas ( tentativa número 2 de distração), dei pausa. Dei o play na minha playlist de músicas depressivas, nessa hora eu pensei muito mais nele, chorei.

Cheguei a conclusão que nem tivemos algo suficientemente forte para eu estar sofrendo tanto, mas também conclui que eu me apeguei muito a uma coisa que ele considera pouca. Senti apertar meu coração de novo. Me distrai com um pedaço de bolo de laranja que meu pai me trouxe, comi, mastiguei pela primeira vez esse ano ao invés de engolir a comida. Conversei com pessoas aleatórias, dei risada, vi fotos de jogadores gatos no Google, liguei a televisão novamente, desliguei as músicas, e fiz um coque no meu cabelo. E enquanto enrolava meu cabelo pensei nele, e no momento eu ainda estou pensando. Ele nāo sai da minha mente mas VAI PASSAR.